28 dezembro, 2014

The snake that eats its own tail.

Porque se algum dia pudermos viajar ao passado para corrigir os nossos erros... apenas estaremos a cometer mais.

04 dezembro, 2014

Que é de quem eu deveria ter sido?

Nem acredito que comecei este blog há um ano atrás... E nunca mais cá vim. Se ainda tiver leitores do outro lado do ecra devo um enorme pedido de desculpas. Sou mesmo assim. Nunca termino aquilo que começo.
Na verdade, aquilo que realmente me inspirou a escrever novamente foi este post. O balanço do ano 2013. So acho triste vir cá um ano depois.
Mas aqui vai...
2014 foi o ano que fui a Londres visitar um amigo. Foi o ano que me licenciei e que tive o meu primeiro Baile de Finalistas. Foi o ano que festejei a queima das fitas com a cartola na cabeça e a bengala na mão.
Em 2014 baptizei duas afilhadas. Mas tambem foi o ano que me desfiz da praxe. Foi o primeiro ano que nao compareci à Semana Academica do Porto.
Este ano tambem ficou marcado pelo ano que nao tive Verão.  Comecei a trabalhar. Por momentos deixei de ser estudante. Por momentos vivi na incerteza de nao saber o que a vida me guardava.
Mas guardou. E muito.
2014 foi o ano que comecei a trabalhar no mundo empresarial e foi o ano que ingressei para o mestrado. O ano em que senti, pela primeira vez na minha vida, um sentimento chamado realização profissional. 
Fiz 21 anos e tive uma banda a cantar-me os parabéns rodeada de pessoas que gosto.
Foi o ano em que fizemos três anos.
Mudanças nao faltaram este ano. Na verdade, custa-me acreditar que apenas passou um ano desde que escrevi o anterior balanço anual.

Esta quase na hora de nos despedirmos deste fabuloso ano. Mas como há coisas que nao mudam, aqui vai um excerto do meu queridissimo...



Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade, 
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote 
Da casa do campo da minha velha infância... 
Eu bebia e ele chiava, 
Eu era fresco e ele era fresco, 
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre. 
Que é do púcaro e da inocência? 
Que é de quem eu deveria ter sido? 
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?


Álvaro de Campos